sábado, 15 de janeiro de 2011

Modulo 3 audio visuais

Semana 1 e 2
1º raid fotográfico:

As seguintes imagens têm todas como base a historia do meu conceito e ilustrão varias partes individuais do mesmo:
Esta imagem é uma das mais importantes porque mostra de uma forma artificial aquilo que seria o "zoom para baixo" no meu texto.
O ponto de partida. tentei ao ínicio captar um lugar que desse a entender um pouco melhor a minha visualização do espaço em que me encontrava no início.

Esta imagem é como uma foto tirada a todo o terreno em que me situava no inicio do conceito a partir de um plano sobrevoado.


 Uma muralha, uma barreira, um obstaculo que tenho de atravessar para chegar ao meu objectivo final, que é caminhar sobre água.
  Estas imagens demonstram a escuridão destruição, nevoeiro e até uns pontos de luz (o fogo)  que são basicamente as imagens mais aproximadas do ambiente da batalha.

Surpreendentemente consegui uma imagem que fosse uma forma de resumir a confusão da batalha em que eu estava. Ao olhar atentamente para a foto, consegue-se visualizar a cara de um ser bizaro, o resultado da junção de todos aqueles sentimentos e outros factores (ignorância, raiva, ódio, medo, dor, sofrimento, agonia).
 
 
 A lama. sujidade para muitos, para mim, a podridão dos sentimentos negativos de ódio e morte que transportava cada um dos homens no campo de batalha. Estes sentimentos estão imundos porque o desejo de matar deles não tinha razão de ser pois nenhum sabia a causa da guerra.Ódio sem razão, tempo perdido.




Este é o momento em que faço a passagem do campo de batalha mar o sereno e vasto mar. A foto foi tirada com este movimento circular com o propósito de parecer um portal, uma passagem para este infinito de agua de reflexo, de reflexão sobre o que passei.











Modulo 3 tecnologia-Aula 2

Modulo 3 tecnologia-Aula 2
Nesta aula demos os conceitos básicos de cinema e video:
A Invenção do Cinema.

A invenção do cinema resultou do desejo de projectar imagens ao longo dos tempos, mas foi no séc. XIX, após do advento da fotografia em 1826 com Joseph Niépce, que surgiram inúmeros aparelhos ópticos que tinham como função criar efeitos de ilusão relacionados com a imagem em movimento. Foi assim, por exemplo, com o cinetoscópio, inventado por Thomas Edison em 1892, e que para além de outros inventos patenteou a lâmpada eléctrica. O aparelho exibia um pequeno filme com imagens simples, como dançarinas em movimento, que podiam ser vistas através de um pequeno visor.
a data oficial da invenção do cinema é considerada no dia 28 de Dezembro de 1895, porque foi neste dia que os irmãos Lumiére, no subterrâneo do Grand Café, na avenida dos Capucines, em Paris, realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com a duração de 40 a 50 segundos cada, pois os rolos de película tinham apenas quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do comboio à Estação de Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. O cinematógrafo, aparelho usado por Louis e Auguste Lumière (industriais da fotografia) na primeira sessão pública de cinema, era ao mesmo tempo câmara, projector e copiador, além de ser leve, funcional e utilizar a velocidade de projecção de 16 fotogramas por segundo – padrão muito próximo do cinema actual. O cinema expandiu-se, a partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinematografistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de todo o mundo. Foi o início da globalização cultural baseada na difusão da imagem.


A imagem é o mais antigo processo de registo da história humana, surgiu a partir do momento em que o homem sentiu a necessidade de comunicar e descobriu ser capaz de analisar, reflectir, interpretar e interferir na sua própria realidade.Actualmente, o universo imagético destaca-se na sociedade. Tal destaque deve-se ao facto de a reconhecer como um dos principais recursos cognitivos. O homem contemporâneo é por excelência um consumidor de imagens, por isso tenta compreender o que elas comunicam e transmitem. A imagem pode ser entendida como a essência material da própria civilização humana. Embora apresente-se sob determinados aspectos remete sempre ao visível, pois só se concebe através dos traços interpretados, do visual e da imaginação. As imagens combinadas com os sons, têm o poder de activarem, em nós, mecanismos mentais que produzem um fenómeno de transfiguração de sentimentos e emoções para personagens e universos virtuais.

Fases de Produção de um Videograma:

1 – Fase de Pré-Produção:
- A ideia

- A elaboração do guião “storyboard”
- O plano da rodagem

2 – Fase de Produção:
- O registo das imagens (rodagem)

3 – Fase de Pós-Produção:
- A edição do vídeo
- A exportação ou a publicação

4. A Linguagem Audiovisual:
Plano: Enquadramento contínuo ou tomada de vista feita em continuidade. Estas tomadas de vista, podem ser analisadas em relação à dimensão do enquadramento – escala de planos (tudo aquilo que está dentro do visor), à composição (disposição dos elementos na profundidade do espaço, ou seja aquilo que está mais perto ou mais afastado da câmara) e finalmente em relação ao ângulo de observação ou perspectiva (nível ou altura a que observamos as coisas).

1 – A Escala de Planos-usa-se a figura humana para dimensionar a realidade inserida no enquadramento partindo do mais fechado para o mais aberto:
Plano de Pormenor – Enquadra um pormenor do corpo humano ou de um objecto.

Muito Grande Plano – Enquadra o corpo humano desde o meio da testa até ao queixo. Este é um plano que aumenta a intensidade dramática, realçando a máxima expressão do rosto ou de uma emoção.
Grande Plano – Enquadra o corpo humano desde o cimo da cabeça até aos ombros do personagem. Pretende mostrar a cara do personagem revelando com intensidade as suas expressões, pensamentos ou mesmo a própria vida interior.

Plano Próximo – Enquadra o corpo humano desde o cimo da cabeça até à linha do peito. Estabelece uma proximidade em relação a um objecto ou a um personagem. Este plano ainda não revela o ambiente envolvente, mas acentua uma acção dramática, intenções ou atitudes do personagem. É utilizado normalmente em cenas de diálogos.
Plano Médio – Enquadra o corpo humano desde o cimo da cabeça até à linha da cintura. Não revela ainda grande parte do ambiente envolvente, convertendo o personagem no centro das atenções. É usado para mostrar as relações entre as pessoas.
Plano Americano – Enquadra o corpo humano desde o cimo da cabeça até aos joelhos. Muito utilizado na época dos westerns (daí o nome), para enquadrar os personagens e as suas pistolas. Este é um plano que já revela algum ambiente envolvente ao personagem.
Plano de Conjunto - Enquadra mais do que um personagem, mas não chega ao plano geral (totalidade das figuras). É um plano revelador dos pormenores da acção dos personagens e parcialmente do ambiente envolvente.
Plano Geral – Enquadra o corpo humano desde o cimo da cabeça até aos pés. Permite situar o personagem no espaço dramático envolvente.
Plano Muito Geral – Enquadra a totalidade do corpo humano mais o espaço envolvente. Permite uma visão bastante ampla do ambiente em redor do (s) personagem (ns).

2 – A Composição:
Analise da disposição dos elementos dentro do enquadramento, aquilo que está mais próximo ou mais afastado do observador:

- o que está em primeiro plano (o que está mais próximo do observador);
- o que está em segundo plano (aquilo que se encontra por detrás do primeiro plano);
- o plano de fundo (geralmente é o cenário).

Uma regra que ajuda a manter o equilíbrio na composição da imagem, é a regra dos terços. Esta regra considera que se dividirmos o enquadramento (imagem que surge no visor) em três partes iguais, tanto na horizontal como na vertical, os pontos de intercepção são os chamados pontos fortes da imagem, e é sobre estes pontos que se devem posicionar os elementos enquadrados, resultando numa imagem mais equilibrada.

3 – A Perspectiva:
A perspectiva está relacionada com a altura em que se posiciona a câmara em relação ao tema enquadrado:

perspectiva normal: A câmara se situa ao nível do olhar de pé, ou seja o olhar do personagem está ao mesmo nível da câmara. Esta perspectiva dá a entender que o personagem pretende comunicar directamente com o espectador.
A perspectiva é um picado, quando a câmara está numa posição superior àquilo a que se filma, inclinada para baixo, em direcção ao chão, ou seja, tratando-se de um personagem, quando o olhar do personagem está a um nível inferior ao da câmara. Se um personagem é visto de cima parece mais pequeno e dominado. O picado reduz a figura humana.

perspectiva é um contra picado quando a câmara está numa posição inferior àquilo a que se filma, inclinada para cima, em direcção ao céu, ou seja, tratando-se de um personagem, quando o olhar do personagem está a um nível superior ao da câmara. Se um personagem é filmado em contra picado, aparece engrandecido em relação ao observador. O contra picado sobrevaloriza a figura humana.

5 – A Cena e a Sequência:
Designa-se por cena um conjunto de planos (tomadas de vista) que registam uma acção dentro do mesmo espaço dramático. Geralmente sempre que se muda de lugar, muda-se de cena. A sequência é um conjunto de cenas (acções dramáticas), com continuidade entre si e que concluem uma acção.

6 – O Raccord:
O conceito de raccord que remonta aos inícios do cinema, define-se como tudo aquilo que assegura continuidade, de plano para plano, dentro de um filme.
Esta continuidade estende-se não só ao guarda-roupa, ao cenário e aos adereços, mas também ao próprio ritmo de representação dos actores. As cenas, na maioria das vezes, não são rodadas pela ordem na qual as vimos posteriormente nos filmes, já montados. Por motivos de custos de produção, podemos rodar uma cena hoje com sol e com determinados adereços e guarda-roupa, e por alterações no estado do tempo, só voltarmos a acabá-la uma semana depois com as mesmas condições de rodagem. Isso implica que quando as editarmos (fase de montagem do filme, conhecida por pós-produção) elas têm que fazer raccord, ou seja têm que colar. Têm que ter as mesmas condições de luz, adereços, guarda-roupa, o mesmo ritmo de representação, etc. Isto aplica-se às cenas e aos planos. Se fizermos um corte numa tomada de vista, para mudarmos para outro plano, temos de fazer o corte sobre a mesma acção, senão não temos raccord.
Exemplo de raccord de acção, na mudança de plano geral para plano próximo ( o corte é feito na acção, ou seja o personagem está na mesma posição, quando se muda de um plano aberto para um mais fechado). Isto cria o efeito de continuidade entre os planos.

7 – As Elipses:
As elipses são saltos no tempo e no espaço. O cinema é arte da elipse porque, na narrativa ficcional do guião de um filme, só vimos o que é importante para o desenvolvimento da acção, as acções que não contribuem para esse objectivo, são eliminadas.
Existem elipses temporais (saltos no tempo) e elipses espaciais (saltos no espaço). Um flash back é uma elipse que recua no tempo.

Audio visuais: referênciais

Modulo 3 semana 1:
referenciais:
 Esta é uma das imagens que nos foi mostrada como forma de reforçar o nosso conhecimento em matéria de fotografia. Sobre a foto, é uma das mais populares da national geographic e foi tirada por um fotografo que estava a trabalhar no terreno a que a rapariga pertence. É uma foto muito famosa pela expressividade, intensidade e profundidade transmitida por um simples olhar que por a caso o fotografo conseguiu imortalizar com um disparo por isso penso ser uma foto instantânea. A expressão da rapariga apresenta um certo medo curioso por que de certa forma é nos transmitido, e é o facto de o fotografo conseguir fazer nos sentir o o que a personagem sente, que faz com que a foto seja bem sucedida. Eu pessoalmente acho que é uma foto boa.

  Esta é outra imagem muito vista da national geographic. Foi tirada por um fotografo enviado para cobrir a descoberta de corpos enterrados na erupção da cidade de pompeia. Esta imagem tornou se famosa pelo detalhe do anel que nos leva a deduzir que a pessoa morta era provavelmente alguém importante ou de elevado estatuto social. Isto leva me a reflectir que num momento de pânico como este, não importa o quão rico alguém é ou qual o seu estatuto social, o que interessa a cada um é a sobrevivência e por esta razão, esta pessoa se encontrava provavelmente no meio de varias pessoas do povo sem se importar o que antes seria algo impensável. Isto revela um pouco a forma que pensamos e faz nos reflectir, o que nunca seria possível se o fotografo não estivesse naquele momento no local indicado e esta é mais uma razão para importância deste ofício.



  

domingo, 9 de janeiro de 2011

Modulo 3, projecto- Aula 1:
-Explicação e reflexão sobre o sistema de trabalho e avaliação na disciplina de projecto e tecnologias e o trabalho a realizar:
Blogue actualizado aula a aula.
Conceito Individual. (Foto)
Referênciais (iamgens. textos)
Pesquisa (fotos de 1 ou + Autores e respectuvos links)
1º raid fotografico (exploração de ideias, conceito)
conceito (cinema)
Definição dos 6 Planos/cenas 
Seis Planos/Cenas "story board"

-Explicação da nova metodulogia e avaliação do blog.
-lançamento do novo desafio:

"Por onde andas, e o que encontras"
Para este dasafio foi nos explicado que podiamos andar por varios lugares sobre varias formas:
Lugar geográfico em:
pensamento   Sensações
Imaginário     Memórias
Sonhos         Emoções
Desejos.
O meu conceito.
Este conceito é uma viagem no meu sub consciente, onde passo por memórias, sensações e desejos:

O caminho 


Encontro-me num lugar desfocado e silencioso, um clima quase sinistro onde so se ouve o sopro do vento ora suave, ora forte. faço zoom para baixo, vejo as minhas pernas a tremer e volto a focar no orizonte. Começo a andar ouvindo em cada passo: trushk trushk... Este som faz me lembrar o caminhar sobre as pedras de uma praia rochosa. Mais dois passos e sinto um certo macio e oiço um som como: trssh ssh tssh trssh ssh... Que recorda-me os passos suaves e arrastados sobre a relva fina e molhada. Um pouco mais adiante, este ambiente sinistro mas calmo desaparece, o silencio dá lugar ao ruído e labaredas e passo a ouvir gritos, choros, tiros, gemidos de agonia e dor isuportável. Vejo homens no chão, uns mortos, outros feridos e os restantes, lutam num campo de batalha em chamas sem nenhum saber o propósito da guerra.
O cheiro que paira no ar é pestílento, as pessoas mortas no chão paressem sacos de farinha amontoados e não há como passar se não pisando os corpos. Quando pensei que mais valia deitar ali a esperar que os abutres se servissem, o chão alagado de sangue que o cobria como um vasto manto vermelho de repente  muda, neste momento estou sobre agua, um vasto mar limpido e infinito. Olho para o meu reflexo e reflicto:
Eu não quero ser como estes homens, não quero travar lutas sem causa nem propósito, eu quero ser vencedor numa guerra sem mortos, quero lutar com uma visão, com um objectivo.
Logo asseguir a este pensamento um podio emerge da água e fica lá a flutoar. Apreso-me a correr em sua direcção mas caio, esqueci-me, estou sobre água. Mergulhei e começei a nadar mas parecia que quanto mais me esfoçasse, mais a meta se afastava, percebi entao que a unica forma de la chegar é caminhando como fiz até agora, então com muita difículdade, voltei a por me de pé . Neste momento a minha prioridade é chegar aquela meta construindo primeiro uma estrada que até levará até ao podio, tenho de conseguir o que até agora nenhum homem conseguio, tenho de caminhar sobre a água.   

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

2º periodo. Audio visuais.

modulo 3 tecnologia:audiovisuais Aula 1:
-A primeira aula de tecnologias:audiovisuais, servio como uma apresentação e sencibilização sobre o proximo modulo. foi nos explicado de forma breve como iriamos trabalhar e o que seria pedido.
-A turma foi separada em duas partes, uma para video e outra para foto e foi nos dito que iriam se formar grupos para o video e na fotografia o trabalho seria individual.
-Uma vez separados (fiquei na parte da fotografia) foi nos mostrado o equipamento que iriamos utilizar para concretizar os trabalhos e os materiais que iriamos usar individualmente: os Mac's e cameras fotograficas.
-Vimos fotografias de varios artistas e também vimos videos da national geographic sobre fotografos e este trabalho, tudo isto para nos dar a entender mais um pouco sobre este novo modulo e as suas exigencias.   

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

portfólio do 2 modulo

Portfólio do 2º modulo.
tecnologia: ourivesaria
Desafio, Conceito e texto sobre o mesmo:

<  (…) “Já sete horas”, disse para consigo ao ouvir de novo o despertador, “já sete horas e um nevoeiro destes.” E durante uns instante ficou quieto, respirando baixinho, como se esperasse do silêncio a reposição da situação real e natural. (…) preparou-se para balançar o corpo a todo o comprimento, fazendo cair assim de uma vez da cama. Se se deixasse cair desta maneira, a cabeça que ele levantaria ao máximo ao tombar, não devia sofrer nada. As costas parecem ser duras, e não lhes aconteceria nada se caísse em cima do tapete. O que mais o preocupava era a ideia do estrondo que isso iria provocar, e do susto, ou pelo menos da preocupação que tal baque iria causar atrás das portas.  Mas era preciso arriscar.(…) >     “a metamorfose” de Franz Kafka

“Mas era preciso arriscar” e tu, o que estas disposto a arriscar?
Foi exactamente esta a pergunta que nos foi feita como ponto de partida para o 2º modulo, ou seja, o desafio consistia em criarmos um novo conceito em que respondêssemos a esta exacta pergunta com uma elaborada reflexão, a partir da qual iríamos depois desenvolver o nosso projecto de ourivesaria que é constituído por outras fases de que falarei.
Quando o desafio foi lançado, pensei em retomar de certa forma a ideia que retratei no primeiro módulo com o intuito de completar e complementar a minha reflexão já anteriormente abordada.
No fundo, retomei a ideia da diferença, o adquirir de conhecimentos e passagem por experiências e vivências que nos ajudam a florescer, a crescer de varias formas, a tornar mo nos diferentes.
No entanto, ao repensar sobre este assunto, reparei que faltava algo de importante, tinha a sensação de que este conceito estava incompleto por alguma razão, e ao reflectir sobre isto cheguei a um pensamento de onde se formou uma outra reflexão que acabou por me projectar para o segundo desafio, tecnologia: ourivesaria:

O que estarei eu disposto a arriscar?
Estou disposto a arriscar toda a minha vida, todo um processo lento de transformação que foi o meu crescimento, toda uma vida, todo um processo cuidado de aprendizagem, uma incessante absorção de  conhecimentos, experiências e vivências  que moldam o meu ser? Na verdade, estarei eu disposto a arriscar perder uma vida ou perder-me nela, por um profundo túnel incerto e escuro que é a minha essência, arriscar desfazer a minha própria muralha por este eterno mas desconhecido túnel, ainda por explorar que retrata o meu próprio interior, o meu espaço, o meu mundo? Eu não conheço o caminho para esse lugar, não conheço esse lugar, não faço ideia do que lá irei encontrar, ou se até mesmo irei encontrar algo, nesse caso, não saberia construir um mundo, não saberia construir o meu mundo, porque talvez não me conheça a mim próprio, daí não saber como designar o meu espaço. Porque tenho tanto medo de saltar, saltar da zona de conforto geral para a zona desconhecida, saltar desta ilusão de realidade, esta realidade estereotipada que é viver em sociedade.  Porque tenho medo de criar uma fenda nesta muralha que tanto trabalhei para construir, porque tenho medo de morrer, sei que irei ressuscitar, só assim irei conhecer esse mundo ideal. Mesmo assim, esta vida significa algo para mim para segura-la assim, ou então simplesmente temo a dor da mudança drástica mas ao mesmo tempo anseio o alívio, o alívio de sentir que finalmente estou completo, de que finalmente, sou eu.
                                                                                                      Júnior Djau nº12 10ºA


Exploração de ideias:

Basicamente, o meu conceito neste modulo era, arriscar um todo que tinha adquirido até este ponto para encontrar o “meu todo”, ou seja, fazer a escolha ou optar por arriscar perder todas as minhas aprendizagens para seguir um caminho que me levará a minha verdadeira essência.
Tendo o meu conceito estruturado, comecei a dá-lo forma retirando algumas das ideias básicas passando-as a grafismos e formas, isto ainda na 1º aula de projecto sobre o modulo2. Estas foram as minhas primeiras experiências:

  






Na primeira aula de tecnologia 2º modulo, tivemos uma pequena introdução a ourivesaria onde nos foram explicadas desde as funções e técnicas aos contextos e evolução que a ourivesaria tem tomado ao longo do tempo (no relatório).
Depois de estarmos um pouco mais a par do assunto, foi nos proposto um exercício que consistia no seguinte, foram nos disponibilizados alguns livros com imagens sobre jóias, dessas imagens de jóias, escolhíamos as que mais gostássemos e fazíamos um registo á base de esboços rápidos não muito complexos, apenas a ideia básica do que estávamos a ver. Isto serviu para nos familiarizarmos com as formas:



Na próxima aula de projecto iniciamos um novo tipo de registo gráfico de estudos com base em cores, guaches. O exercício consistia em pegarmos em ideias que nos remetessem para formas e traçar de forma espontânea cores com base nestas tais ideias. Para realizar este exercício utilizamos pincéis e gouaches:    
                        
“Medo, insegurança, túnel escuro, espaço, mundo, vida, morte, renascer, saltar, conforto,
Desconforto…”
Tivemos ao todo 4 aulas para execução da peça e 3 para concepção, entre tanto, fiz algumas pesquisas sobre o meu conceito e procurei algumas imagens que me ajudaram a desenvolver o meu trabalho:
 Esta imagem faz-me pensar numa espécie de portal para o meu mundo, para a descoberta da minha essência
        Este meu mundo pode ser sinistro, até perturbador, ou agradável e puro mas em que contexto ou concepção, na minha?

 O entendimento de uma criança sobre a transformação demonstra as conotações e a concepção simples ou complexa que cada geração pode ter da metamorfose.

  






Selecção e desenvolvimento de ideias:

As seguintes aulas de projecto e tecnologias serviram apenas para concepção e execução de jóias

Execução da peça:
                          
Uma vez que a oficina de ourivesaria não estava disponível, optamos por pelo uso de materiais recicláveis do dia-a-dia(papel, esponja, plástico, arame etc.). Ao iniciarmos a fase de execução das jóias, começamos por fazer uma experimentação dos materiais:



Desenvolvimento da peça:

Depois de estarmos familiarizados com a potencialidade dos materiais que íamos usar começamos a fazer as peças que realmente tínhamos concebido. A partir daqui usava alguns dos melhores esboços que fazia durante a aula de projecto e na aula de tecnologia executava as jóias pensadas. Estes foram os desenhos em que me baseei para iniciar as minhas jóias:
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Depois de já ter as peças iniciadas trabalhei-as para que elas fossem elusivas e que remetessem para o meu conceito:
 1º Parte
 2º Parte
 Peça

Esta peça é constituída por 2 partes, a primeira é uma concha que serve como base e a segunda serve como tampa que se abre.
Para executa-la utilizei em ambas as partes pasta de papel e cola branca como base, cartão como reforço e alumínio como cobertura, utilizei também tintas, uma argola de ferro e ainda um sistema que permite que a tampa abra e feche.
Esta peça é uma bracelete e entra no meu conceito como um transformador, ou seja, abre-se, absorvendo as minhas experiências, vivências e aprendizagens, mas não as guarda, modela-as, transforma-as e insere-as na minha forma de pensamento, dando-me uma interpretação pessoal, só depois deste processo, as minhas vivencias passam para o meu interior, construindo aos poucos o meu mundo e assim por sua vez descobrindo também aos poucos o pano que cobre a minha essência.



1º Parte
2º parte
3º Parte
 Peça

Esta peça é constituída por 3 partes, as duas primeiras são placas e a terceira é uma tampa de verniz, arame e um tecido vermelho.
Na sua execução cozi as placas e a tampa de verniz ao tecido com linha preta, para que a peça fosse moldável cozi um fio de arame ao tecido no lado direito.
Esta peça é uma pregadeira, e insere-se no meu conceito representando o meu precursso na descoberta da minha essência, de quem realmente sou para que assim possa encontrar a minha paz interior
O tecido vermelho representa as minhas lutas e o sangue derramado pelo caminho do percurso.
A primeira placa está “quase nua” porque representa uma semente lançada ao mundo ainda por florescer, ainda a descobrir, sem preconceitos nem bases muito menos estereótipos, no fundo representa a minha infância, se nesse momento tivesse iniciado esta viagem, não teria que derrubar nenhuma “barreira de conhecimentos” sendo assim mais fácil.
A segunda está lotada “lotada”. Representa-me lotado, cheio de pensamentos de outrem, de conhecimentos desinteressantes e farto duma vida monótona e igual a todas as outras. Neste momento inicia-se então a minha viagem ao meu interior para tornar-me único e uniforme.
A terceira representa finalmente o encontro a minha essência. Este encontro com a minha própria verdade fez com que me tornasse um ser uniforme em paz, representado pela forma uniformizada da peça.

 1º Face
 2º Face
  

Esta peça pode ser utilizada de frente e verso.
É constituída por um tecido esponjoso, cartão tetrapac, missangas, pregos, arame, e lata.
Na sua execução colei o cartão ao tecido, furei as com pregos e bocados de arame cortados e inseri missangas.
Esta peça é um pendente e serve como uma crítica ao mundo de que me tento afastar com a minha viagem, um mundo estereotipado e por sua vez como exemplo, ao estereótipo de jóia.
Para fazer esta crítica utilizei na 1º face da peça cores vivas “alegres” e missangas, esta face da peça representa o tal estereótipo de jóia com as cores e formas esbeltas e elegantes e pedras raras de valor que é normalmente a imagem que se tem de jóia, não alargando a sua concepção, no meu conceito, entra como “a zona de conforto geral”.
A segunda face da jóia é mais estridente e agressiva com as extremidades bicudas, em sua volta os pregos e arame cortantes e o centro, mais apelativo na peça é todo ele bicudo e cortante, toda a face dá um certo ar de agressividade e desconforto que normalmente as pessoas não inserem na sua concepção de jóia, mantendo a os seu horizontes fechados.
No meu conceito este lado entraria no meu mundo como uma forma diferente de ver as coisas que nos rodeiam.
Um exemplo do pensamento fechado é que quando no início do modulo nos foi dito que iriamos trabalhar com materiais recicláveis ficamos completamente atrapalhados e meio desiludidos, isto porque não imaginávamos que este tipo material poderia ser utilizado em trabalhos como este, mas uma vez que acabamos as peças e provamos o contrario a nos próprios passamos a saber a potencialidade deste tipo de material e a vê-lo de forma diferente, com os horizontes um pouco mais alargados.
E assim descobri como chegar a minha essência verdadeira. Descobri que tenho de continuar a ver o mundo onde vivo de forma diferente, aprendendo, e desprendendo ao mesmo tempo da forma generalizada de pensar para que possa alargar os meus horizontes e ser eu mesmo sem preconceitos nem medos.

  
    











   

portfólio do 1 modulo

Portfólio de projecto técnico.








Júnior Djau nº12 10ºA




   O meu acordar diferente:      

Hoje acordei com uma sensação de leveza em mim, não me senti normal, tentei lembrar-me do que se tinha passado no dia anterior mas apenas visualizava um vasto universo branco, não me ocorria nada, não sabia o meu nome, quem era, de onde vinha ou o que fazia ali, os meus traços culturais e psicológicos tinham-se evaporado.
Levantei-me e fui a casa de banho e a primeira coisa em que reparei foi o reflexo do meu rosto ao espelho (tinha a cara virada ao contrario, a boca na testa por onde despejava uma grande quantidade de muco verde, o nariz no queixo por onde deitava saliva, os olhos no lugar das orelhas e vice-versa). Fiquei surpreendido, pois era a primeira vez que via uma cara, mas ao mesmo tempo, sentia indiferença, pois naquele momento desconhecia a aparência de uma cara humana “normal”, e não sabia a diferença, por isso achei banal.
Decidi ir a rua, caminhei por um corredor escuro e abri a porta, senti a forte luz do sol a encadear-me e quando finalmente abri os olhos, vi seres completamente disformes e diferentes de mim, não me assustei nem tive medo, mas senti um leve arrepio. Dirigi-me a um deles, ele estava virado de costas:
-Que espécie de ser és tu, de onde vens? - Perguntei-lhe.
este virou se, olhou para a minha cara, contorceu a boca e as sobrancelhas e desatou a correr freneticamente, chamando a atenção de todos os que ali estavam. Uns fugiram, outros olharam para mim com uma expressão estranha, e houve até um que me disse:
-que bela mascara, excelente, onde a arranjaste mano.
Parecia ser jovem. Esticou e esticou a minha face até que parou, parecia ter chegado a conclusão de que estava errado e gritou:
- MONSTRO, é um monstro! - Este caio, levantou-se atrapalhada mente e começou a correr com uma mão agarrada as calças.
Continuei a caminhar, todos abriam alas atrapalhados com medo que lhes tocasse. Pensei para com os meus botões:
- Esta agora, então eles são todos anormais e esquisitos, parecem ter vindo de outro mundo e eu é que ganho o titulo de monstro? Está tudo doido…ou não? Afinal quem é diferente, eu ou eles? Depois de ter chegado a este pensamento, desliguei-me e cai no chão.
Quando abri os olhos, dei por mim deitado numa cama, na minha cama, já me lembrava de tudo, mas desatei a correr em direcção ao espelho para certificar-me de que tinha sido tudo um sonho, quando vi o meu reflexo suspirei de alívio, estava normal. Sentei-me no chão e reflecti:
- Este sonho pregou-me cá um susto, mas realmente dá que pensar. Afinal, quem era verdadeiramente diferente? o que é a verdadeira diferença? - Enquanto coçava a cabeça.




Exploração de ideias:

Primeira aula de tecnologias: cerâmica

Na primeira aula de tecnologias, os professores de cerâmica propuseram nos um exercício, os professores emprestaram-nos alguns livros com obras de cerâmica, nós tínhamos de escolher as que mais gostávamos e desenhá-las.
Este exercício serviu como uma espécie de diagnóstico aos nossos gostos, os professores pretendiam conhece-los, e ao mesmo tempo conheciam um pouco de nós. Estas foram as obras que eu elegi:
 
     
 Renate Jindra              Svetozar Doitchev     The Iron
                                                                  
  Norma Couto            Dário                      Huub Gommans
    
  UWE                      Alberto Vieira       Armin Rieger
  Villaverde Vilma



Primeira aula de projecto: as minhas primeiras ideias:

Nesta aula, os professores explicaram-nos que íamos conceber o nosso próprio objecto de cerâmica a partir do nosso conceito. Ao inicio estava um pouco atrapalhado com o meu conceito e os professores diziam-me que eu estava preso as formas reais que até lá conhecia.
Estas foram as minhas primeiras experiências:
  
                          Disformidade (ilustrando o texto).






Para fazer os seguintes desenhos, baseei-me na ideologia de que a diferença está no que absorvemos, o que vemos pode misturar-se com o nosso ser e influenciar-nos, fazendo nos crescer. A esta altura já estava a apresentar alguma evolução, mas ainda não me tinha soltado completamente das formas que conhecia:
  
            Visão do mundo, absorção de conhecimento.











Para iniciarmos a exploração de ideias, foi nos recomendado que procurasses imagens alusivas ao nosso tema, assim o fiz e encontrei algumas imagens que me interessaram:


 Esta peça imagem representa o elo, a meu ver, é como se estivesse a tentar libertar-se, metamorfosear-se mas ao mesmo tempo, não se consegue desprender totalmente do que é no momento.

  

 Um mundo só do autor, em que o olho vê absorve e transforma. Esta imagem ajudou me imenso e foi a partir dela que concebi a minha peça final.

  Sugere um corpo metamórfico.




Selecção e desenvolvimento de uma ideia:

A meu ver, a partir deste momento iniciou-se a minha transição para o mundo abstracto, comecei a largar os medos e o exagerado perfeccionismo, apesar de ainda estar a dar inicio a esta nova visão.


A diferença (ilustrando o texto) / tocar, conhecer transformar.





Os próximos desenhos são uma espécie de ligação entre os outros desenhos até aqui feitos. A minha visão já esta mudada. 
tenho o objecto e um objectivo  em mente:




Tanto os professores de projecto e de cerâmica acharam os desenhos bons mas preocupavam-se com o facto de haver alguns excessos, retirei-os pois desta forma seria mais fácil criar o meu objecto de cerâmica, efectuei as mudanças e os resultados foram os seguintes:






Execução da peça
Aula de Tecnologias - O objecto de cerâmica:

Esta foi a aula em que finalmente “metemos a mão na massa”. Cada aluno fez a sua peça em função do resultado de todas as experiências que tinha desenhado nas aulas de projecto. Eu criei a minha obra e fiz vários modelos dela, mexendo e remexendo o objecto de plasticina. A minha peça é a seguinte:




Estas foram algumas das transformações que a peça sofreu:

                              


Modelo Europeu da peça de cerâmica:








                                     
                                      Vista de baixo

Vista lateral direita       Vista de frente              Vista lateral esquerda  Vista posterior 
                                      
                                       Vista de cima




Fiz o seguinte desenho enquanto pensava em como seria a minha performance para a aula de projecto. Inspirei-me no fantasma da opera para faze-lo e este serviu como inspiração para a minha performance, o desenho esta abaixo representado:












Em síntese tenho a dizer que o método de trabalho que utilizamos nas aulas é excelente para a nossa evolução como artistas e pessoas. Acho que progredimos imenso com este trabalho. A nossa mente já está num nível diferente do que aquele com que chegamos a esta escola e espero continuar a crescer. Concluo também que a nossa forma de pensar reflecte-se nos nossos desenhos e as transformações que estes sofreram reflecte a metamorfose da nossa própria mente.